Centro de Ultreias de Santa Maria de Carreço - PORTUGAL

O seu patrono

O patrono do M.C.C.

No dia 14 de Dezembro de 1963, no primeiro ano do seu Pontificado, o Papa Paulo VI, declarou o Apóstolo São Paulo patrono celestial dos Cursilhos de Cristandade, «com todas as honras e privilégios litúrgicos devidos a tal título». 

 


O Ano Paulino

O ANO PAULINO. Bento XVI proclamou um especial Ano Jubilar dedicado a São Paulo, de 28 de Junho de 2008 a 29 de Junho de 2009, para celebrar os dois mil anos do seu nascimento.

Clique aqui para ler a homilia do Papa Bento XVI, das primeiras vésperas por ocasião do encerramento do Ano Paulino, a 28 de Junho de 2009.

O Papa, na homilia em que anunciou este grande acontecimento para Igreja, nas Primeiras Vésperas da Solenidade dos santos Pedro e Paulo, em 28 de Junho de 2007, na Basílica de São Paulo fora dos Muros, em Roma, motiva toda a igreja para que se organizem iniciativas dignas deste evento: «serão promovidos Congressos de estudos e especiais publicações sobre os textos paulinos, a fim de fazer conhecer cada vez mais a imensa riqueza do ensinamento contido neles, verdadeiro património da humanidade redimida por Cristo. No mundo inteiro, iniciativas semelhantes poderão ser realizadas nas Dioceses, nos Santuários, nos lugares de culto por parte de Instituições religiosas, de estudo ou de assistência, que têm o nome de São Paulo ou que se inspiram na sua figura e no seu ensinamento.».

Leia a Nota da Conferência Episcopal Portuguesa sobre o Ano Paulino

 


O Apóstolo São Paulo: «o Apóstolo» 

Saulo de Tarso nasceu em Tarso da Cilícia (actual Turquia), entre o ano 1 e 5. Filho de pais judeus, que seriam de condição económica desafogada, pois Paulo era cidadão romano, privilégio que concediam apenas aos mais ilustres. O pai seria tecelão e ele próprio também o seria, pois apesar de mais tarde levar a cabo colectas para os pobres, ganha o seu próprio sustento. Em Tarso estudou as ciências gregas e mais tarde em Jerusalém foi discípulo da Escola de Gamaliel, prestigiada Escola de Rabis. O seu duplo nome, Saulo (nome judeu) e Paulo (nome grego) reflecte a influência das duas culturas.

Zeloso pela Lei, era fariseu e defendia com ardor o judaísmo; começa a perseguir os cristãos (nova seita nascente…); mais tarde, na Estrada para Damasco (onde ia prender alguns cristãos), deu-se a sua conversão: caindo do cavalo e cego, mais tarde recupera a vista e converte-se ao Salvador! De perseguidor passa a Apóstolo: ele é o grande viajante, chamado «O Apóstolo», ou o «Apóstolos dos Gentios».

Fez três viagens missionárias principais e uma preso e levado para Roma (Viagem do Cativeiro):

 

Viagem Anos Itinerário
46-48

Antioquia – Chipre – Antioquia da Pisídia – Antioquia – Jerusalém; aqui participou no primeiro Concílio da Igreja: o de Jerusalém; doravante, todo aquele que se quiser converter a Cristo não é necessário que se torne judeu primeiro! Cerca de 1000 km.

49-52 Antioquia – Tarso – Ásia Menor – Filipos – Tessalónica – Atenas (aqui faz o seu discurso no Aerópago, segundo os Actos dos Apóstolos) – Corinto – Éfeso – Jerusalém – Antioquia. Cerca de 1400 km.
53-58 Antioquia - Éfeso - Corinto - Filipos - Rodes - Jerusalém. Cerca de 1700km.
Cativeiro 58-63  Após dois anos de prisão em Cesareia (58-60), Paulo apela para César. É conduzido a Roma, de barco; pelo caminho, têm um naufrágio ao largo da Ilha de Malta. Em Roma fica dois anos na prisão (61-63).

 

Sofreu a flagelação, esteve preso sete vezes, uma das quais apelou a César (seria julgado diante do tribunal romano, em Roma). É levado para Roma – a Viagem do cativeiro; mas pelo caminho têm ainda um naufrágio, perto de Malta; em Roma, Paulo está preso domiciliariamente; em 67 ou 68 é decapitado pela espada, "privilégio" dado aos condenados que fossem cidadãos romanos.

 


As Cartas de São Paulo

Entre 51 e 63, escreve inúmeras Cartas às comunidades que visitava, ficando a fazer parte do cânone do Novo Testamento. As datas aproximadas de redacção são as seguintes: 

 

Ano  Carta
51  1 e (?) e Tessalonicenses
 55  1 Coríntios
 56-57  Filipenses, 2 Coríntios
 57  Gálatas
 58  Romanos
 60 (?) Efésios
 61-63  Filémon, Colossenses
 63-64  1 e 2 Timóteo e Tito

 

 

Assim, no Novo Testamento, 13 cartas são atribuídas a Paulo. Uma décima quarta, foi-lhes por vezes agrupada. Classificam-se em três categorias:

a) As cartas efectivamente escritas por Paulo: 1 Tessalonicenses, Gálatas, Filémon, 1 e 2 Coríntios, Romanos e Filipenses;

b) As cartas cuja redacção directa por Paulo é duvidosa: 2 Tessalonicenses, Colossenses e Efésios, talvez imputáveis a um discípulo;

c) As cartas de que Paulo pode ser talvez o pseudónimo: 1 e 2 Timóteo e Tito.

Paulo dá a entender que é autor de mais algumas cartas: por exemplo, haveria uma outra carta aos Coríntios, de que fala a 1 Cor 5, 9; em Colossenses 4, 16, evoca uma carta aos cristãos de Laodiceia.

A ordem das cartas de Paulo no Novo Testamento explica-se pela ordem decrescente de extensão.

As «Cartas do cativeiro» são as endereçadas aos Filipenses, Filémon, Colossenses e Efésios, pois falam da prisão de Paulo; e as «Cartas pastorais» são as 1 e 2 Timóteo por dizerem respeito à organização da Igreja e à disciplina eclesiástica. 

 


Para saber mais:

Para saber mais sobre São Paulo e sua obra pode ver:

https://www.saopauloapostolo.net/vida.htm

https://www.vatican.va/various/basiliche/san_paolo/po/san_paolo/san_paolo.htm 

 


O M.C.C.